quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Avaliação quantitativa e qualitativa dos elementos no ambiente físico

Avaliação quantitativa e qualitativa dos
elementos no ambiente físico
Elementos do meio físico:
* Água * Ar * Solos * Minérios
Quanto vale o ar que você respira? E a água que você bebe?

“É possível avaliar monetariamente o patrimônio natural? È legítimo? A natureza tem preço?”

Avaliar significa julgar ora julga-se, sempre explicita ou implicitamente, com critérios. Estes são éticos quanto refere-se ao campo ético, econômico quanto se diz respeito ao chão econômico. No caso de uma avaliação econômica de projetos, objetiva-se fundamentalmente, averiguar a sua rentabilidade futura. Para isso, considera-se, inicialmente, cada um de seus elementos, e finalmente, os mesmo grupos são agrupados, ou seja compara-se aos seus benefícios e custos.
Valor de uma melhoria na qualidade ambiental, é preciso fazer a diferença entre os benefícios posteriores e anteriores a esta melhoria. Avaliação monetária do meio ambiente constitui certamente um instrumento de política ambiental. Se for bem aplicada poderá tornar-se um meio de maximização do bem estar coletivo.

Quantitativa (quantidade)
Valor → uso → escassez
Escassez → uso → valor → elevado
Uso → escasso

Qualidade
Custo → valor → uso → consumo → bem estar

Padrão
A pratica de fixação de padrões ambientais é relativamente deficiente por principalmente duas razoes:
As normas são baseadas em fatores que tem pouca ou nenhuma relação objetiva com os benefícios e os custos:
A implementação de uma norma requer, geralmente, a criação de formas de punição quando sua violação. A eficiência econômica e pelo bem estar coletivo é uma prioridade onde se usa critério de custo e eficácia. Para isso devemos pensar global e agir local.
Em geral, os benefícios são avaliações especificas de receitas, de faturamentos, de dividendos e tudo mais que tende a remunerar o empreendimento previsto. Ao contrario, os custos são dispêndidos gastos, despesas de pagamentos e tudo mais que tende a endividá-lo, vale a pena dizer que custo é um beneficio sacrificado.

O MA constitui hoje uma das maiores preocupações dos cidadãos de todos os países do mundo. As pesquisas de opinião pública realizadas em vários países indicam que o MA representa praticamente uma terceira maior preocupação. Significa dizer que se formou uma consciência pública, a qual induziu governos e empresas a cuidar do MA. Com efeito, os governos dos países avançados dedicam, em média, de 0.5 a 5% do seu PNB aos gastos ambientais. Quanto às firmas, em particular as multinacionais, passaram a incorporar em seu planejamento estratégico e aquelas que atuam em setores sensíveis (químico, petrolífero etc.) criaram "gerências verdes" em seus organogramas. Tudo isso fez com que o MA assumisse contornos de um verdadeiro setor econômico, que hoje movimenta cerca de 450 bilhões de dólares, atingindo-se o da indústria de armamento.
Sendo assim, colher e reciclar o lixo, distribuir e tratar a água, diminuir e reciclar a poluição industrial, explorar e replantar a floresta... tornou-se um bom negócio. Se assim for, o MA está assumindo sua verdadeira face, a do problema econômico. Dizer que o problema ambiental é um problema econômico não implica em desconhecer a existência de outras dimensões (técnica, social etc), que existem em qualquer problema econômico e são traduzíveis monetariamente. A poluição - para tomar esse exemplo a título ilustrativo -, que constitui um dos maiores desafios contemporâneos, é um problema econômico. Senão, vejamos: não havendo uma poluição-zero (o que implicaria na existência de um crescimento econômico zero, que é também inviável), então a solução possível é a de ordem econômica na medida em que todo o problema consiste em encontrar meios que possibilitem a redução de seus efeitos colaterais, ou seja, atingir os padrões de poluição sócio¬economicamente aceitáveis. Isso leva a encontrar um sistema de direito de propriedade suscetível de diminuir ao máximo as perdas dos poluidores e dos poluídos. Essa solução consiste em optar pela eficácia econômica, ou seja, visando-se à produção máxima de valor e considerando-se os inconvenientes econômicos da poluição. Equivale a dizer que compatibiliza-se o nível máximo de produção com o nível ótimo de poluição.

AVALIAÇÃO MONETÁRIA DO MEIO AMBIENTE
Rabah Benakouche / René Santa Cruz

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