quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Fundamentação da Ciência Econômica

Fundamentação da Ciência Econômica
Os três artigos/textos, cujo resumo é feito nesta resenha, abordam a fundamentação dos estudos econômicos, através de uma análise da relação existente entre o pensamento filosófico e a metodologia pelos economistas utilizada em seus trabalhos, e também da busca de uma mais precisa definição do que vem a ser o estudo da economia, discutindo-se quão científico é o mesmo.
O trabalho de Lionel Robbins busca, após explicitar o conceito de ciência e questionar as diversas “exigências“ que se fazem indeliberadamente à mesma (ocasionando um excesso de confiança na obtenção de resultados práticos por conta desta), teorizar a respeito da filosofia da ciência, analisando seus fundamentos e a necessidade da filosofia para o fim de valoração científica, para então explanar sobre o que se entende por 1ª teoria do conhecimento, diferenciando Idealistas e Realistas e “adentrando” a análise do dito “conhecimento clássico”. Essa análise, seguida da citação das origens do pensamento moderno servirá de introdução para a abordagem do Empirismo e Idealismo, e posteriormente do Positivismo e Falsificacionismo, “ilustrando” assim as relações existentes entre a história e desenvolvimento da filosofia da ciência e a metodologia econômica.
O trabalho de Alexander Rosenberg identifica a forma como têm se estruturado e desenvolvido as teorias que fundamentam a ciência econômica, que remonta àquela que caracterizou as grandes descobertas ao longo dos últimos séculos, aprofundando sua análise através de “paralelos” traçados entre a ciência econômica e as outras, no que se refere principalmente às ditas “variáveis cruciais” presentes nas mesmas, e às suas mais diversas “estratégias” e resultados obtidos.
O texto de Scott Gordon, através da análise de duas obras, que sob o ponto de vista da filosofia da ciência abordam as modernas economias, diagnostica uma importância menor do que a devida, da ciência econômica para os filósofos, o que parece desconsiderar seu rico arcabouço teórico bem como o fato de que dispõe também de análises epistemológicas. Ao fim da análise das referidas obras, e da explanação à cerca de todos os pareceres e opiniões possíveis à cerca da relevância e caráter científico da economia e seus princípios, chega-se a principal conclusão de que a filosofia da ciência tem por maior contribuição fomentar a compreensão desta, e não necessariamente melhorá-la.

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