quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Metodologia da Economia

Metodologia da Economia
A abordagem dos escritos de Daniel M. Hausman, Trevis W. Maning e Marcos Roberto Vasconcelos (em conjunto com Eduardo Strachman e José Ricardo Fucidji) tem por objetivo básico discutir a metodologia econômica, porém o fazem de maneira relativamente distinta.
Em “O Realismo Crítico e as Controvérsias...” parte-se da análise das limitações do Positivismo e da simples negação da verificabilidade, bem como da aceitação da necessidade de um conhecimento prévio por parte dos cientistas, estendo tal análise às chamadas “redes de segurança”, e conseqüentemente da refutação/substituição de uma teoria qualquer. Posteriormente aos comentários à cerca da crítica de Kuhn e à evolução natural das ciências em torno da resolução de enigmas, sintetiza-se o pensamento Lakatosiano, segundo o qual um programa de pesquisa científica é progressivo na medida em que estabelece uma espécie de “link” entre as teorias anteriores através de melhor predição e da confirmação empírica de uma maior número de eventos. Posteriormente à “busca” das relações entre o pensamento de Popper, Kuhn e Lakatos para com a economia, com maior enfoque ás críticas ao pensamento Popperiano, aborda-se o Realismo Crítico, caracterizando a Economia como uma ciência de análise de fatos não-isolados, de uso de experimentos controlados problemático, e sujeita ao surgimento de “novas forças” e estruturas oriundos pela conjunção inesperada de ações diversas.
Em ”Methods of Economics”, objeções à ciência econômica (bem como a todas as outras ciências) são classificadas como inadequadas, por conta de pressupostos irrealistas em que se baseiam, afirmando-se que não deve uma ciência ser “julgada” pelo realismo de suas hipóteses, dado que estas têm por intuito restringir o campo de análise dos modelos teóricos elaborados no intuito de identificar condicionantes básicos de ações/fenômenos diversos sem maiores complicações. Aborda-se com ênfase o fato de “trabalhar” a ciência econômica com um ambiente de alta variabilidade, inerente ao seu próprio estudo, fazendo-se concluir que deve se valer da teoria econômica existente o estudo econômico (a fim de não se ter de “reinventar a roda” a todo instante), e que se esta pode fornecer corretas direções, sugestões e hipóteses, nada mais da Ciência econômica deve ser esperado.
No texto “Economic Methodolohy in a Nutshell”, uma pesquisa metodológica busca identificar o que existe de valoroso na Teoria Microeconômica que segundo o autor, é o cerne do maistream das discussões metodológicas, abordando diretamente os problemas relacionados ao positivismo e as limitações do predicionismo, assim como as virtudes do dedutivismo e amplitude de avaliação das ditas visões ecléticas, chagando a conclusão de que existe uma frutífera possibilidade de maior interação entre economistas e filósofos.

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