quarta-feira, 28 de outubro de 2009

INTRODUÇÃO AO CONGADO EM MINAS GERAIS: TIPOS E RITOS PROJTO

Projeto de Pesquisa






“INTRODUÇÃO AO CONGADO EM MINAS GERAIS: TIPOS E RITOS”

Orientador:Professor Renato
Linha de Pesquisa: Cultura e Sociedade
Aluna: Fátima de Lourdes Teixeira da Silva


Latu-Sensu em História
EVATA/FAGOC
Viçosa
2003
Introdução


A presente proposta é para a realização de uma pesquisa a ser realizada no decorrer de um ano a fim de cumprir as exigências para a conclusão do curso Latu-Sensu em História, embora muitos de seus dados já estejam sendo coletados e trabalhados por vários anos informalmente pela autora, a fim de produzir sobre a temática do Congado um estudo mais aprofundado a partir desta que é apenas uma introdução.
Sendo assim, o projeto busca coletar, estudar e interpretar iconográfica e estilisticamente as principais figuras do Congado mineiro, bem como suas características físicas e regionais, ressaltando também os locais de ocorrência da manifestação do Congado ao longo do estado, como cidades, vilas, distritos, etc.









Justificativa





Segundo a lenda, um velho rei, prestes a morrer, chamou os sábios da Corte e recomendou-lhes a redação de um epitáfio para ser gravado em seu túmulo, o qual fosse verdadeiro em todas as épocas. Os sábios estudaram sua vontade e, ao cabo de alguns dias, retornaram à sua presença aconselhando a frase tudo muda.
Sim, é verdade, tudo muda, inclusive o folclore. Mas, por causa da tradição – força conservadora – as mudanças aqui se operam lentamente e não de um dia para o outro, leva tempo, anos, gerações.
O sincretismo é um processo cultural dinâmico. A intermistura de experiências acontece devido ao encontro de formas semelhantes em contato duradouro. Assim, por exemplo, o marujo absorveu muitos aspectos da tradição carlovíngea, a ponto de confundir um dos nossos maiores folcloristas. No entanto, o que vem acontecendo co o Congado é penoso. Já vimos congo usando roupa de Moçambique e vilão fantasiado de “cowboy”. Deve-se combater o arremedo, a descaracterização grosseira, por vezes ridícula, do modelo tradicional. O padrão é a unidade do grupo. Pretendo mostrar isso, agora, com este projeto de pesquisa, buscando a originalidade dos rituais e seus estilos, principalmente com a convivência no meio congadeiro.

Cronograma de atividades


Abril (2002) Nesse primeiro momento o trabalho deverá ser todo voltado para uma busca mais completa de fontes que deverão auxiliar as pesquisas ao longo do ano;

Maio (2002) Visita aos principais grupos de Congado nas regiões mais próximas;

Junho (2002) Esta etapa constará em anotações minuciosas e precisas sobre o material pesquisado;

Julho (2002) (férias escolares) Visita aos grupos de Congado mais distantes em Minas;

Agosto/setembro (2002) Anotações e estudos do material coletado;



Outubro/novembro/dezembro (2002) A terceira etapa do trabalho consiste no cruzamento dos dados adquiridos no decorrer da pesquisa;

Janeiro/fevereiro/março (2003) Esta última etapa será dedicada integralmente à conclusão da pesquisa, bem como à produção da monografia correspondente.
















BIBLIOGRAFIA :

ÁVILA, Fernando Bastos de, 1918- Introdução à sociologia. 5ed. Ver.
e ampliada. Rio de Janeiro, Agir, 1973. 360p. ilust. 21cm

Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico e Minas Gerais
IEPHA/MG; caderno de Pesquisa: Congado, 1982.

MERCIER, Paul. História da Antropologia. Ed: Moraes, 1987.

Minas Gerais. Coordenadoria de Cultura. Museu do Folclore. Belo
Horizonte, Coordenadoria de Cultura, 1983. 111 p.

Revista da Comissão Mineira do Folclore. Ano 23, n. 20, (agosto de 1999)
Belo Horizonte: Comissão Mineira de Folclore, 1999.

Censo Cultural de Minas Gerais. Belo Horizonte, Secretaria de Estado da
Cultura, 1995.

MOURA, Antônio de Paiva. A cultura do povo do vale do
Jequitinhonha.Boletim da Comissão Mineira de Folclore, BH, n. 14. dez.
1991.
Arte e história de culto Divino em Minas Gerais. Belo Horizonte, 18 jul.
1981.
BARROS, Orlando. Festa de Nossa Senhora do Rosário do Serro. Diário da
Tarde, Belo Horizonte, 02 de jul. 1980.

ADVÍNCULA, Divino. A festa do Rosário no Serro e sua tradição. Estado de
Minas, Belo Horizonte, 18 jul. 1981.

COUTINHO, Olympio. Festa do Rosário em Ferros é tradição de muitos
anos. Estado de Minas, Belo Horizonte, 21 out. 1980. BEG.

BURTON, Richard Francis. A Congada no Morro Velho. 1867.

PANIAGO, Maria do Carmo Tafuri. Viçosa: tradição e folclore. Viçosa, UFV,
1977.

Introdução ao estudo da Congada. Belo Horizonte, Universidade Católica
de Minas, 1974.

MOURA, Antônio de Paiva. Serro e sua história, Folheto 1972. Arquivo
Público Mineiro.

CASCUDO, Luis da Câmara. Antologia do Folclore Brasileiro. São Paulo,
Martins, 1956.


MARTINS, Leda. Rituais da palavra nos congados. Estado de Minas
(pensar), Belo Horizonte, 25 out. 1998.

SALES, Fernando. Calendário Folclórico nacional. Cultura n. 11, Brasília
MEC, set.- dez. 1973.

MOURA, Antônio de Paiva. A cultura afro-brasileira em Minas. Belo
Horizonte, CMF, 1987.

Nenhum comentário:

Postar um comentário