quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Tema: Técnicas de fertilização Artificial em Rã – Touro (Rana Catesbeiana).

Tema: Técnicas de fertilização Artificial em Rã – Touro (Rana Catesbeiana).

Introdução:

Rã-touro: dependente de estímulos ambientais sazonais - inviabiliza a atividade.
• Dificuldade de planejamento da produção:
• Comprometendo o cronograma da criação.
• Subaproveitamento das instalações.
• Superdimensionamento do setor de reprodução.
• Uso da fertilização artificial; é uma solução viável.

Técnica de fertilização artificial:

Baseada em técnicas de fertilização, artificial de peixes com ovos não aderentes, mantendo as dosagens hormonais definidas para rãs na literatura.

Indução à ovulação:

Aplicação de 10 mg de hormônio liberador de gonadotropina por Kg de peso vivo, a cada 12 horas, até a ovulação, cerca de 24 a 36 horas após a primeira aplicação.





Coleta do Sêmen: (Fig. 1)

Aplicação de 10 mg de LHRH por Kg de peso vivo. Uma hora após a aplicação o esperma é retirado, introduzindo a ponta de uma pipeta de 2,0 ml na cloaca do macho, colhendo 2,0 a 4,0 ml. A proporção é de 2 a 3 machos/ fêmea e a mistura de esperma deve ser diluída em 100 ml de água pouco antes da fertilização artificial.


Figura 1 - Retirada de esperma de rã-touro utilizando uma pipeta.

Extração dos óvulos: (Fig. 2)
A extração é realizada segurando-se a fêmea pelas patas posteriores e comprimindo o ventre com o polegar. Os óvulos são coletados em recipiente seco e limpo. O tempo necessário para o completo esgotamento do ovário é cerca de um minuto.

Figura2. Retiroda dos óvulos de rã-touro pelo compressão do ventre




Fertilização artificial: (Fig. 3)

O esperma diluído é vertido sobre os óvulos, agitando-se a mistura por aproximadamente 2 minutos. Os ovos fecundados são misturados em 15 I de água até total hidratação, após o qual, são colocados em incubadoras flutuantes de madeira com fundo de tela plástica de malha de 1,0 mm (1,0 x 0,7m).



Figura 3. Fertilização artificial: o esperma diluído é vertido sobre os óvulos.

Resultados:
Em ensaios realizados com esta técnica (1998):
• Taxas médias de fecundação = 39 a 83% (fêmeas de 3608);
• Número de girinos/ desova = 9.600.
• RIBEIRO FILHO (1998 b) EBH; Taxas médias de fecundação= 33 a 90%.
• Em ranários comercias (acasalamento natural) = 7.500 girinos/ desova.(Lima e Agostinho,1992).
• Agostinho e Nicteroy (1996) - números de girinos – semelhantes.
Constatou-se também que:
• Não ocorre a formação de grumos (óvulos serão fecundados após o esgotamento do ovário).
• Diluição do esperma facilita a mistura com os óvulos e hidratação homogênea dos ovos.
• Hidratação dos ovos evita a aderência e facilita a distribuição nas incubadoras.
• Dispensa o uso de misturadores para a homogeneização no momento da fecundação.

Considerações Finais:

A técnica de fertilização artificial em rã- touro, tem uma taxa média de fertilidade superior a 60%. Permite vários desovas no ano aumentando a eficiência de aproveitamento do plantel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário