INTRODUÇÃO
A importância econômica da suinocultura no Brasil está baseada no aumento crescente do consumo de carne suína. Em 1999, 67 mil toneladas de carne suína foram exportadas pelo Brasil. Em 2000, 2001 e 2002 foram respectivamente 97, 265 e 320 mil toneladas. Sendo que no último ano, 80% foi destinado à Rússia.
Em 2001, os maiores produtores de carne suína eram a China e os EUA, sendo o Brasil o 7o produtor. De um modo geral, toda a Europa tem alto consumo, sendo que em 1999, a Dinamarca consumia 70,2 Kg/habitante/ano. O Brasil apesar de ser o 9o consumidor (10,1 kg/hab/ano) tem apresentado crescimento contínuo neste setor.
Países PRODUÇÃO (milhões de ton.)* Consumo (Kg/hab/ano)**
China 39,93 30,0
EUA 8,78 30,6
Alemanha 3,94 58,1
Espanha 2,90 58,5
França 2,38 37,0
Polônia 2,02 41,4
Brasil 1,75 10,1
Holanda 1,70 11,8
Dinamarca 1,64 70,2
Canadá 1,52 ---
Outros 21,84 ---
Total 88,40 14,73
Fontes: *Suinocultura Industrial (2001)
**ABCS (1999)
A maior parte do rebanho brasileiro está concentrada no sul, sudeste e nordeste, estando apenas uma pequena parte nas outras regiões.
Além da produção de carne e gordura a suinocultura apresenta grandes vantagens como produção secundária de pincel (pêlos), bolsas (pele), chouriço (sangue), patês (vísceras), além do fornecimento de órgãos e substâncias vitais à vida humana (insulina e hormônios tireoidianos). Ainda tem que se levar em consideração a idade precoce para abate e reprodução, o elevado rendimento ao abate (75 a 80%), rápido melhoramento genético, além de mercado fácil e seguro e o retorno rápido de capital investido.
A suinocultura apresenta também algumas limitações como a elevada mortalidade embrionária, fetal e de animais jovens, alta produção de esterco líquido, grande exigência com cuidados higiênicos, alem de apresentar comportamento cíclico do mercado de suínos terminais.
A produção de suínos depende diretamente da safra agrícola de grãos (milho e soja).
OBJETIVOS
O objetivo desse trabalho é descrever uma cadeia produtiva específica, no caso, o processo produtivo de uma granja de suínos localizada em Piranga – MG.
GRANJA PAU GRANDE
A granja possui cerca de 4000 animais, sendo 400 matrizes. As matrizes e os varrões são adquiridos de uma empresa fornecedora de material genético (Agroceres), sendo a taxa de reposição de 40%. Todas as etapas, desde o nascimento dos leitões até a terminação, são realizadas na própria granja. Este processo dura 150 dias. Os insumos são adquiridos de diferentes fontes. O milho é comprado diretamente do produtor, sem vínculo contratual, levando em consideração o preço e qualidade do produto. A soja é comprada de empresas beneficiadoras, também sem contrato. O premix mineral é adquirido também da Agroceres. A granja compra o insumo dessa empresa, que, por sua vez, fornece a assistência técnica, estabelecendo-se uma aliança.
Os animais terminados são vendidos diretamente a açougues, ou frigoríficos que repassam a supermercados e a outros açougues. Esses compradores retiram os animais vivos da granja, ou seja, a granja não é responsável pelo abate e comercialização com o consumidor final. São vendidos 180 animais terminados por semana.
CONCLUSÃO:
A cadeia produtiva Pau Grande apresenta baixo nível de integração vertical entre seus elos.
Apenas a relação com a empresa fornecedora de genética e premix se apresenta como aliança, com troca de vantagens e informações, relacionamento de longo prazo e benefícios mútuos, apresentando maior estabilidade.
Os outros insumos (milho, soja, etc) são comprados em mercado aberto, ou seja, a troca de informações é limitada; a relação entre os interessados é de curta duração seguindo apenas a interesses próprios.
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