quarta-feira, 28 de outubro de 2009

VITAMINA E

VITAMINA E

1. INTRODUÇÃO.

- A vitamina E foi descoberta por Evans e Bishop em 1922 (reprodução de ratos)
- Foi isolada em 1936 e recebeu o nome de α-tocoferol ( relacionado à reprodução)
- Em 1938, determinou-se a estrutura do α-Locoferol e a substância foi sintetizada.
- Ao longo destes anos e posteriormente a deficiência foi sendo associada a uma série de distúrbios e disfunções em diversas espécies animais.
- A partir de 1957, os sintomas de deficiências foram associados a outras substâncias.
- Hoje em dia é reconhecida a sua essencialidade.

2. ESTRUTURA QUIMICA E PROPRIEDADES

- α,β,γ e δ-tocoferol e tocotrienol.
- Acetato de dl-α-tocoferol: padrão (1 mg = 1 U.I.)
- d-α-tocoferol → 1,49 U.I./ mg.
- Forma alcoólica – pouco estável.
- Acetato é estável e não possui ação anti-oxidante “in vitro”.

3. PROCESSO ANALÍTICOS

- Método HPLC – rápido, separação dos tocoferois e sem interferência de outras substâncias.
- Ensaios biológicos – determinar atividades – U.I.

4. METABOLISMO

a) Absorção e Transporte
- Digestão de lipídeos – facilitada pela bile e lípase pancreática.
- Hidrolisada e absorvida no I.D. medial
- TAG. cadeias medias estimulam
- PUFAs inibem
- Absorção reduzida – 65 a 80% nas fezes (saturação)
– pintos – 75% de absorção
¬¬¬¬¬¬ - α > outras.
- No plasma está ligada às lipoproteínas
- O fígado libera junto com o colesterol das LDL
b) Transferência: Placentária e láctea.
- Pequena quantidade atravessa a placenta
- Bastante concentrada no colostro.
- Tabela 4-2.
c) Armazenamento e Excreção
- Todos os tecidos - > fígado, Tecido adiposo e muscular.
- Dentro das células – Microssoma e Mitocôndria.
(atividade de oxi-redução).
- Excretada via bile < 1% na urina.

5. FUNÇÕES

- Essencial para integridade de sistemas reprodutivo, nervoso, muscular, circulatório e imune.
- Alguns de suas funções podem ser realizados por selênio, anti-oxidantes sintéticos e aa. sulfurosas.
a) Vitamina E como Anti-oxidante biológico.
- Impedem a oxidação de fosfolipídeos.
- Doador de elétrons para os radicais livres, milhares de moléculas de PUFA.
- Radicais livres são continuamente produzidos por enzimas (oxidases, desidrogenases e peroxidases) e na atividade do sistema imune.
- Se (glutation-peroxidase).
b) Estrutura de membrana e síntese de Prostaglandina.
- Componentes de membranas – via arquitetura de fosfolipídeos.
Linoleico → araquidônico → prostaglandina.
c) Coagulação Sanguínea.
- A vitamina E inibe a agregação plaquetária em suínos.
d) Resistência a Doenças.
- Junto com outros anti-oxidantes, estimula a imunidade, (integridade das células).
- Protege macrófagos e leucócitos (fagocitose e depleção).
- Estimula a síntese de anticorpos séricos (IgG)
e) Transporte de Elétrons
- Oxi-redução e biossíntese de DNA.
f) Relação com o Selênio
- Cádmio e mercúrio – selênio.
- Chumbo – Vitamina E.
- Prata e arsênio – ambos.
- Efeito poupador (mecanismo)
- Vitamina E – previne a oxidação de fosfolipídeos.
- Aminoácidos sulfurosos – precursores da G. peroxidose
- Selênio – componente da G.peroxidose.
g) Outras Funções
- Reações normais de fosforilação (ATP).
- Síntese da vitamina C e Ubiquinona
- Metabolismo de vitamina B12 e vitamina D.

6. EXIGÊNCIA DE VITAMINA E.

- Fatores que aumentam: PUFAs, vitamina A, gossipol, microminerais.
- Fatores que reduzem: Anti-oxidantes, selênio e a.a sulfurosos.
- Tabela 4-3.
- Dosagens necessárias para crescimento e reprodução < sistema imune (150 a 300 U.I./kg).
- Condições sanitárias e estresse.
7. FONTES NATURAIS

- Conteúdo de α-tocoferol x 1,2.
- Óleos vegetais (Tabela 4-4).
- Forragens verdes, fenos de boa qualidade.
- Produtos de origem animal são pobres (exc. Gema).
- Baixa estabilidade (perdas no armazenamento).

8. DEFICIÊNCIA DE VITAMINA E

a) Ruminantes.
- Doença do músculo branco (distrofia muscular).
- Pode ser congênita ou aparecer até os 4 meses.
- Fraqueza, rigidez e degeneração muscular, dificuldade de locomoção e de mamar, morte.
- Agravada por estresse – mudanças bruscas de manejo ou alimentação.
- Abortos, partos prematuros, retenção de placenta, etc.
b) Suínos.
- Distrofia muscular e heptose dietética.
- Distúrbios reprodutivos em porcos e varrões.
- Necropsia – Necrose do fígado, miopatia degenerativa de músculos esqueléticos e cardíacos, hemorragia em vários órgãos, etc.
- Situações de estresse e presença nos alimentos de óleos rancificados e micotoxinas.
c) Aves
- Diátese exudativa – edema sub-cutâneo, paralisia e imortalidade (Vit. E + Se).
- Encéfalomalácia – pernas,dedos e cabeça – hemorragia e edema no cerebelo ( Vit. E).
- Distrofia muscular (Vit. E + Se).
- Galinhas: problemas reprodutivos – baixa eclodibilidade, mortalidade embrionária e esteribilidade.
d) Outros animais.
Potros – distrofia muscular
Peixes – d.m., exoftalmia, hemorragias cutâneas, fígado gorduroso e danos nos órgãos reprodutivos
e) Diagnóstico.
- Sinais clínicos
- Exames histopatológicos e nível plasmático de α-tocoferol (abaixo de 0,5 μg/ml).

9. SUPLEMENTAÇÃO

- Na ração, na mistura mineral, na água ou injetada
- Comercial – acetato de dl- α-tocoferol – estável

10. TOXICIDADE

- Baixa toxicidade (acima de 2000 U.I./kg).
- Reduz crescimento de aves
- Coagulação sanguínea.

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